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Lidando com as perdas e a finitude da vida


A tendência natural é não acreditarmos e não aceitarmos a finitude, a morte. Do mesmo modo, temos dificuldades de lidar com as perdas.

O medo da morte é a emoção mais forte, mais sofrida e mais difícil para o ser humano lidar. É medo constante e universal. É natural e independe da idade em que se encontra o indivíduo. O fenômeno da morte demonstra a grande e imponente força da natureza sobre os homens e expõe os limites da condição humana.

A imortalidade é inalcançável, todos sabemos, mas o desejo de todos é, ainda que inconscientemente, de se imortalizar.

O medo tende a aflorar mais na fase da velhice, pois mesmo que muitos declarem não ter medo da morte, grande maioria teme estar chegando ao fim de sua jornada. É o medo do desconhecido, de não saber o que pode acontecer com a própria pessoa e com os entes queridos que ficarão.

Mas, o temor da morte pode ser redirecionado para fortalecer a plenitude da vida, com todas as suas forças, tornando-se uma forma de resistência natural ao medo da finitude. É transformar o medo em um desejo de “matar” a morte, de viver sempre.

A consciência da nossa finitude pode nos fazer ver a vida com maior respeito e gratidão e despertar para a busca de vivê-la com mais intensidade, inteligência, comprometimento e alegria.

Reforça esse entendimento o pensamento do filósofo grego Epicuro: “habitua-te a pensar que a morte nada é para nós”. O difícil não é saber disso, mas acreditar nisso e viver com isso. O medo é natural.

Quanto às perdas, devemos procurar apoio nos elementos que podem contribuir para a sua aceitação. É certo que nunca esperamos pelos momentos de perdas, mas devemos nos preparar para esse fenômeno que é real e inexorável em nossas vidas.

Como se observa, os dois fenômenos, finitude e perda, nos geram angústias, medos e incapacidade natural para a sua aceitação. A psicoterapia pode ajudar a se obter melhor compreensão e preparo para lidar com a finitude, como também para o fortalecimento interior de forma a aliviar o luto pelas perdas que a vida naturalmente nos impõe.

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