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Dia dos AVÓS | Uma relação de aprendizados


Hoje se comemora o dia dos Avós, com muita emoção e carinho quero parabenizá-los. Há tempos percebo o quanto é rica relação de avós e netos. O quanto ambos aprendem, ensinam e apreendem. Uma relação em que avós e netos são beneficiados e na maioria do tempo compartilham felicidade, mesmo quando parece que não, com o tempo percebem o quanto os momentos vividos juntos são preciosos. Tenho tido a oportunidade de ouvir vários depoimentos de pessoas muito felizes por terem se tornado avós, dizem sentir muito amor pelos seus netos. Um amor com uma intensidade jamais sentida. Ouço ainda que é das melhores coisas que se recebe da vida. Uma alegria que só se ganha ao envelhecer. Percebo também o quanto as crianças se sentem felizes, seguras e ávidas desse convívio com os avós. Claro que cada um constrói a sua história, mas constato que grande parte das pessoas guardam lembranças muito felizes que tiveram com seus avós. Por enquanto minha experiência é só de neta, e essa foi bem vivida, o tempo não foi muito, mas o suficiente para me deixar muitas lembranças boas e uma saudade imensa. Tive convivência com meu avô materno, Vô Pires, ele tinha um assovio que eu reconhecia de longa distância, ele sempre chegava na nossa casa assoviando. Meu avô foi uma pessoa muito importante na minha vida, ele às vezes parecia um pouco distante, mas tinha uma forma especial de me oferecer carinho, aconchego e segurança. Me emociono quando penso nele e nos momentos que compartilhamos vida. Ele partiu quando eu esperava a minha segunda filha, estava pertinho dela nascer, eu queria muito que ele a conhecesse, mas não foi possível, mesmo assim algo me diz que de algum modo ele a conheceu. Tive uma convivência maior com minha avó paterna, Vó Tunica, uma grande emoção pensar e falar dela. Nossa! Era demais ir para a casa da minha avó. Ela morou um tempo na roça onde passei dias maravilhosos da minha infância junto com meus primos, tios e meu Vô João. Às vezes vovó parecia brava, mas na verdade tinha um coração de manteiga, era cheia de afeto. Estava sempre apaziguando e alegrando a todos. Fazia comidas gostosas, eu amava um doce de leite que ela fazia, aliás tudo que ela fazia, era muito bom, por mais simples que parecesse era tudo delícia na certa. Fazia um pastel dos deuses! Quando penso em tudo, consigo reviver seu jeitinho, a imagem dela a vejo perfeitamente e a sinto também. É uma saudade de doer.

Mas logo penso, tive o privilégio de viver isso tudo junto com ela e com o vovô João. Ele estava sempre acatando as ordens dela, era um amor de pessoa, tinha uma forma tranquila de nos transmitir carinho e cuidado. Nos acolhia com um jeito especial de agradar a todos. Pensando agora, percebo que o nosso tempo juntos não foi muito, mas nossa convivência foi tão plena, intensa, autêntica, que foi uma dádiva ter recebido a atenção, o carinho, o afeto, os aprendizados e tudo mais que eles me ofertaram e pude trazer para a minha vida, tantos valores e aprendizados.

Eu os amava e amo, estão sempre comigo, pois às vezes me pego praticando algo que aprendi com eles. Sou muito grata pela convivência que tive com meus avós. E pelo o que ouço dos avós, o que observo dos netos e pela minha experiência de neta, percebo e acredito que ter o privilégio de ter avós e ser neto/a é uma grande felicidade, uma benção. Essa interação entre gerações traz muitos ganhos e benefícios a ambos. Para os avós uma oportunidade de talvez ressignificar algo que ficou para traz, para os netos grandes aprendizados e afeto genuíno. Desejo saúde, alegria, tempo de qualidade e felicidades. Abraço carinhoso para todos Avós.

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