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"Envelhecer é uma arte"


Tive o privilégio de ler o livro do Dr. Sherwin B. Nuland, “a arte de envelhecer”. Vocês já devem ter ouvido, em algum momento, esse dizer “envelhecer é uma arte”. Percebo que é uma grande verdade e o Dr. Nuland coloca muito bem isso em sua obra. Gostaria, então, de compartilhar com todos alguns trechos do livro com alguns dos seus sábios ensinamentos a respeito desse tema.

“O envelhecimento pode ser a dádiva que estabelece as fronteiras da nossa vida, que até então conhecia muito menos limites e suportava muito menos restrições.

Tudo o que se acha dentro dessas fronteiras se torna, assim, mais precioso do que era antes: amor, saber, família, trabalho, saúde e mesmo o próprio tempo diminuído. Nós os tratamos com mais carinho, ao mesmo tempo que cresce a urgência de usá-los bem. Muitos são os usos dos recém-conhecidos limites. Entre suas vantagens está a de que a nossa pronta aceitação deles aumenta o seu valor, aumenta a nossa apreciação, aumenta a nossa capacidade de saborear – aumenta cada prazer incluído neles.

Passa a ser mais fácil enxergar o bem; ele está mais perto para se tocar e pegar, se estivermos dispostos a olhá-lo sinceramente ali e recolhê-lo do meio das preocupações que possam cerca-lo. Há muito a saborear nesse período, ampliado e dotado de mais sentido e intensidade pela própria finitude dentro do qual nos é concedido.

O envelhecimento tem o poder de concentrar não só a nossa mente, mas também as nossas energias, porque ele nos diz que agora nem tudo é possível, e a riqueza deve ser mais completamente extraída da reserva restante – reduzida, mas, apesar disso, ainda abundante...”

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