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O bom cuidador deve estar cuidado


Cuidar de outra pessoa é um desafio para qualquer indivíduo. Me refiro a cuidados a pessoas em qualquer idade, para qualquer tipo de dependência, em caráter temporário ou de forma definitiva.

Salvo raras exceções, a necessidade de cuidar de outra pessoa é algo inesperado e não planejado, ou seja, é experiência inédita na vida de qualquer pessoa. E muitas vezes, se torna duradoura, requerendo reorganização da vida familiar, profissional e social de quem assume a responsabilidade de cuidar.

São, portanto, situações que requerem aceitação, informação e flexibilidade, para uma boa adaptação à nova realidade que se apresenta. É tarefa nobre, porém complexa, permeada por sentimentos diversos e contraditórios. E naturalmente, as pessoas não estão preparadas para enfrentar, de pronto, esse desafio. As mudanças requeridas são significativas, que precisam ser compreendidas e incorporadas às rotinas de todos os membros da família.

E qual seria na prática o papel do cuidador?

Cuidador é aquele que dá suporte físico e psicológico a outra pessoa, inclusive fornecendo ajuda prática, se necessário. É quem fica responsável por quase todo o trabalho diário com a pessoa necessitada. É ele que tentará suprir as necessidades da outra pessoa durante o período de doença ou incapacidade. O seu principal objetivo será assegurar, na medida do possível, o conforto físico, a segurança do doente e ajuda-lo a preservar a sua calma emocional e a autoestima.

Existe o cuidador formal, aquele contratado e o cuidador familiar. Em ambos os casos, considerando todo esse contexto, devemos refletir sobre a importância do autocuidado do cuidador, da necessidade dele de se incluir nos cuidados para estar bem e ter como proporcionar o bem-estar ao outro.

Autocuidado significa cuidar de si próprio, são comportamentos que se deve ter em seu próprio benefício, com a finalidade de promover, preservar, assegurar a própria saúde física e mental buscando a qualidade de vida.

O cuidador está exposto a uma grande tensão e cansaço e se ele não respeitar seus limites pode acabar entrando num estado de adoecimento físico e mental que são prejudiciais não só a ele, mas também à família e à própria pessoa cuidada.

Assim, é essencial que se dê importância a necessidade do autocuidado do cuidador.

O cuidador deve procurar se organizar, criar estratégias para cuidar de si mesmo. Buscar sempre o seu bem-estar como também o bem-estar da pessoa que ele estará cuidado.

Concluindo, é muito importante ter sempre em mente que “o bom cuidador deve estar cuidado”. Não é fácil, mas é possível e necessário se cuidar para cuidar.

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