Sou mulher, sempre gostei de ser mulher, percebi, com o tempo que, para mim, ser mulher é uma dádiva. Mas, alguém pode entender que há limitações, mas me sinto privilegiada, uma pessoa abençoada, com clara convicção de que o fato de ser mulher só realça a minha passagem por aqui, neste mundo.
Admiro as mulheres que lutaram, e ainda lutam, na busca de conquistas e de valorização de outras mulheres. Em vários momentos da minha vida, pude perceber o quanto foram importantes a persistência e a coragem de tantas mulheres que nunca desistiram de lutar pelo valor legitimo e respeito que as mulheres merecem. Não só mulheres do Brasil, mas de toda a parte do mundo. Mulheres conhecidas, anônimas e às vezes famosas.
O tempo me ensinou, também, que muitas coisas que hoje faço e realizo são frutos, em maior ou menor intensidade, da coragem e da persistência de tantas mulheres guerreiras que nos abriram, com sua luta, possibilidades e oportunidades em vários setores da vida. Mas, ainda, há muito o que fazer e a conquistar e, para isso, a união das mulheres é fundamental.
De minha parte, tenho procurado honrar essas mulheres buscando me respeitar e respeitar o próximo, assumindo meus papeis de filha, irmã, prima, sobrinha, mãe, esposa, amiga e profissional do modo mais correto, idôneo, prazeroso e leal aos meus valores e aos aprendizados que tive a oportunidade de receber ao longo da minha vida. Agradeço às mulheres com as quais convivi, e ainda convivo, que tiveram a generosidade de me ensinar e de me preparar para assumir dignamente os papeis que hoje desempenho na minha vida.
Sei que sou um “ser” ainda em construção, pois antes de mais nada, na minha condição de “ser” humano, cometo meus erros, tenho receios, sinto medo, raiva, tristeza e percebo minhas limitações. No entanto, muitas vezes, tenho coragem, aprendo, acerto e sinto alegria, sempre buscando fazer o melhor para fortalecer e reforçar minhas contribuições à conquista do bem-estar das pessoas.
E para você o que é ser mulher? Como se vê? (Marli Borges)